Rev. Hernandes Dias Lopes -23/06/2024 14:20
O SALMO 68 é um poema escrito por Davi. Retrata a vitória
de Deus sobre os seus inimigos. Destacaremos alguns aspectos desse cuidado:
Em primeiro lugar, Deus é o pai dos órfãos (Sl
68.5). “Pai dos órfãos [...] é Deus...”. Os filhos podem ser privados da
companhia e da proteção dos pais, mas jamais ficam fora do alcance da proteção
de Deus. Ele não apenas ampara os órfãos, mas é o pai deles. Dá não apenas
segurança, mas, também, afeto e provisão. Aqueles que sofreram o golpe doloroso
da morte dos pais encontram em Deus o Pai onipotente e amoroso. Encontrar nele
abrigo, conselho, amor e cuidado.
Em segundo lugar, Deus é o juiz das viúvas (Sl
68.5b). “... juiz das viúvas é Deus...”. Nas priscas eras, as viúvas ficavam,
com raras exceções, em situação de calamidade. Não apenas desprovidas de
provisão, mas, também, de justiça. Os poderosos, sob o manto da ganância e sob
a proteção de juízes corruptos, oprimiam ainda mais as viúvas. Deus, porém, se
apresenta como o juiz das viúvas. Deus defende a causa dos fracos e oprimidos.
Sai em defesa daqueles que são vítimas da opressão.
Em terceiro lugar, Deus é o ajudados do
solitário (Sl 68.6). “Deus faz com que o solitário more em família...”. Há
diversas razões que provocam a solidão. O luto, o abandono, o isolamento
autoimposto. Porém, àqueles que foram reduzidos à solidão e privados do
convívio em família, Deus abre-lhes uma fresta de esperança, dando-lhes o
privilégio de morarem em família. E isso, através do casamento, da reconciliação
familiar ou mesmo da igreja, a grande família de Deus, onde todos somos irmãos.
Em quarto lugar, Deus é o abençoador do
cativo (Sl 68.6b). “... tira os cativos para a prosperidade”. Deus não
apenas põe um ponto final no cativeiro, mas transporta os cativos para uma vida
próspera. Deus muda o placar do jogo, altera os prognósticos, tira o oprimido
do fundo do poço e coloca-o numa posição de prosperidade e riqueza. Riquezas e
glórias vêm das mãos de Deus. A bênção do Senhor enriquece e nessa mesa farta
da prosperidade divina não tem desgosto.
Em quinto lugar, Deus é o aliviador dos fardos
da vida (Sl 68.19). “Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso
fardo! Deus é a nossa salvação”. Davi, exulta de alegria e prorrompe numa doce
doxologia, bendizendo o Senhor, porque dia a dia, leva o nosso fardo. Há fardos
pesados demais para carregar. Seríamos esmagados debaixo desse peso opressor.
Há dias de choro amargo, de dor atroz, de fraqueza extrema. O Senhor, porém,
leva o nosso fardo não apenas em alguns momentos, mas dia a dia. Ele jamais
falha. Jamais abandona. Temos nele o nosso ajudador. Ele nos alivia dos fardos
da vida. Ele é a nossa própria salvação.
Em sexto lugar, Deus é o libertador do seu
povo (Sl 68.20). “O nosso Deus é o Deus libertador; com Deus, o Senhor,
está o escaparmos da morte”. A morte nos espreita todos os dias. Os inimigos
nos cercam com seus dentes arreganhados, prontos para nos devorar. A angústia
enfia seus tentáculos em nós para nos jogar ao chão. Somos ameaçados por
perigos mortais. Porém, o Senhor é o nosso libertador. Ele é o nosso defensor.
Só pela sua intervenção podemos escapar da morte.
Em sétimo lugar, Deus o fortalecedor do seu
povo (Sl 68.35). “... o Deus de Israel dá força e poder ao povo. Bendito
seja Deus!”. O Deus de Israel é o nosso Deus. Somos o seu povo. Ele nos
fortalece em nossa fraqueza, segura firme a nossa mão e guia-nos com seu
conselho eterno. Ele nos dá força para prosseguir rumo à glória. Na verdade,
ele é o nosso próprio poder. Tudo vem dele. Tudo é por meio dele. Tudo é para
ele. Bendito seja o Senhor!