hernandes dias lopes -07/07/2024 00:35
“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões” (Rm 6.12).
Uma das ênfases da carta de Paulo aos Romanos é que temos em
Cristo plena libertação. Fomos libertos da condenação do pecado na
justificação. Estamos sendo libertos do poder do pecado na santificação. E
seremos libertos da presença do pecado na glorificação.
Em Romanos 6.1-14, o apóstolo Paulo trata deste magno
assunto. Todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado. O pecado é um
rei que governa a vida de todo aquele que ainda não nasceu de novo. O homem não
regenerado é um servo desse tirano. O pecado é um rei cruel, que coloca seus
súditos debaixo de suas botas sujas. O homem nasce escravo desse carrasco
impiedoso. Vive debaixo de sua ditadura implacável. Nenhum escravo pode
libertar a si mesmo dessa escravidão.
Deus, porém, por meio de Cristo, nos libertou do poder do
pecado (Rm 6.1-5). Onde o pecado abundou, superabundou a graça. Por ser a graça
maior do que o nosso pecado, entretanto, ela não é um incentivo ao pecado. Ao
contrário, não podemos viver no pecado, nós os que para ele já morremos. Estamos
unidos com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição. Morremos com ele,
fomos sepultados com ele e ressuscitamos com ele. Estamos nele. Essa união com
Cristo, destronou o pecado em nossa vida. Esse rei tirano perdeu seu poder
sobre nós. Agora, somos livres do pecado e não mais escravos dele. O apóstolo
Paulo, usa três argumentos para nos levar à essa gloriosa conclusão:
Em primeiro lugar, nós devemos saber (Rm
6.6-10). O que nós devemos saber? Devemos saber que já foi crucificado com
Cristo o nosso velho homem. Fomos sepultados com ele e ressuscitamos com ele
para uma nova vida. Portanto, não precisamos mais servir ao pecado como
escravos. O pecado não é mais nosso patrão. Sua coroa foi tirada. Ele não é
mais nosso rei. Não precisamos mais nos ajoelhar a seus pés para obedecer às
suas ordens. Fomos libertos dessa escravidão. O pecado foi destronado. Outrora,
sob a lei, o pecado nos dominava, mas agora, sob a graça, somos livres!
Em segundo lugar, nós devemos considerar (Rm
6.11). Aquele que morreu com Cristo deve se considerar morto para o pecado.
Deve andar com a certidão de óbito no bolso. Um morto não obedece ao pecado, o
seu antigo rei. Foi liberto do jugo. Assim, devemos nos considerar mortos para
esse rei tirano. Seu governo cruel sobre nós acabou. Seu domínio opressor
terminou. Não estamos mais com uma coleira no pescoço. O pecado não manda mais
em nós. Agora, devemos nos considerar vivos para Deus. Temos um novo rei. Somos
servos da justiça. Fomos libertos da casa do valente, do império das trevas, da
tirania do diabo, do reinado do pecado. Estamos sob as ordens de um novo
Senhor, aquele que morreu por nós e ressuscitou para nos libertar da escravidão
do pecado.
Em terceiro lugar, nós devemos oferecer (Rm
6.12-14). Quando sabemos que fomos crucificados, sepultados e ressuscitados com
Cristo. Quando nos consideramos mortos para o pecado, então, podemos dizer ao
pecado: Agora você não reina mais sobre nós. Agora não obedecemos mais às
paixões carnais. Agora não oferecemos mais os membros do nosso corpo ao pecado,
como instrumentos de iniquidade. Pelo contrário, agora oferecemos a nós mesmos
a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os nossos membros a Deus como
instrumentos de justiça. Não estamos mais debaixo da lei, mas vivemos no
reinado da graça. O poder da nova vida não vem mais do nosso inútil esforço,
mas sim, de Cristo. Morremos com ele, ressuscitamos com ele. Vivemos nele. Dele
nos vem o poder para uma nova vida. Ele é o nosso libertador. Ele é o nosso Rei
e o seu reino é o reino da graça. Agora, somos livres, verdadeiramente livres.
Nele temos vida, e vida em abundância.