olhar digital -06/09/2021 23:11
Um pescador da cidade escocesa de Aberdeen, a cerca de 260
quilômetros de Edimburgo, conseguiu pescar uma raríssima lagosta azul na última
quinta-feira (2). O animal é bastante incomum e as chances de capturar um deles é
de apenas uma em dois milhões.
Para efeito de comparação, a probabilidade de ser atingido por um raio é de uma em um milhão. Segundo
Ricky Greenhowe, de 47 anos, essa é a primeira vez que ele vê um animal com
essas características em seus mais de 30 anos pescando na região.
A lagosta azul foi capturada por acaso, ela ficou presa nas
redes do pescador em meio a vários peixes. Assim que ele notou que se tratava de um
crustáceo diferente de tudo que ele já tinha visto, colocou o animal em um pote
separado para que ele não morresse.
Que ela fique viva…
O evento é tão raro, que o pescador não quer que a lagosta
azul vá parar em uma panela para virar o jantar de alguém. Em entrevista
à BBC da Escócia, Greenhowe disse que está procurando um
lugar que possa manter o animal vivo e bem.
No momento, o pescador disse que está em contato com o
aquário da região para verificar se eles têm interesse em manter o animal. Caso
eles não queiram, Greenhowe vai devolvê-la ao mar para que ela se mantenha
viva.
Não tem preço
O valor de uma lagosta normal, na cor vermelha, com o peso
do animal capturado pelo pescador, que é cerca de 1,5 quilos, pode ser vendido
por 25 libras (cerca de R$ 180, na cotação atual). Por ser tão rara, a lagosta
azul não tem um preço fixado, mas poderia ser vendida a um valor bem maior.
Porém, para ele, o dinheiro é indiferente neste caso, sendo
assim, um animal tão diferente deve continuar vivendo.
Chamada oficialmente de Procambarus alleni, a coloração
azul dessas lagostas se dá por uma disfunção genética, que faz com que elas produzam uma proteína que dá uma pigmentação diferente
do vermelho escuro ou do marrom, que são as cores convencionais no exoesqueleto
desses crustáceos.