noticias ao minuto -10/07/2025 11:20
A variante XFG do coronavírus, apontada como a possível nova cepa dominante
global, foi detectada no Brasil. Até o momento, oito casos foram confirmados:
seis no Ceará e dois em São Paulo. Apesar da rápida disseminação, não há
indícios de que a nova linhagem cause quadros mais graves da doença. As
evidências atuais também sugerem que as vacinas continuam eficazes contra ela.
Segundo o Ministério da Saúde, que mantém monitoramento
contínuo do SARS-CoV-2, os pacientes infectados com a XFG não apresentaram
complicações graves nem houve registro de mortes. A pasta reforça que a
vacinação segue sendo a principal ferramenta para evitar hospitalizações e
óbitos.
A XFG integra a lista de variantes sob monitoramento da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse grupo inclui linhagens com mutações
genéticas relevantes e possível vantagem de transmissão, mas cujo impacto
clínico ainda não está claro. Todas as variantes dessa lista descendem da
Ômicron.
De acordo com relatório da OMS, a XFG surgiu da recombinação
de duas variantes anteriores, LF.7 e LP.8.1.2, tendo sido identificada pela
primeira vez no dia 27 de janeiro. Em 25 de junho, passou a ser oficialmente
classificada como “variante sob monitoramento” devido ao seu crescimento
acelerado.
Dados do mais recente monitoramento global da OMS, entre 26
de maio e 1º de junho, mostram que a XFG já responde por 22,7% dos casos
sequenciados de Covid-19 no mundo — atrás apenas da NB.1.8.1, com 24,9%. Há um
mês, a participação da XFG era de apenas 7,4%.
A nova cepa tem avançado em todas as regiões com vigilância
genômica ativa. Nas Américas, saltou de 7,8% para 26,5%; na Europa, de 10,6%
para 16,7%; e na região do Pacífico Ocidental, de 1,6% para 6%. No Sudeste
Asiático, onde os dados ainda são escassos, a XFG saltou de 17,3% para 68,7%.
Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de
Doenças (CDC) apontaram que a XFG representava 14% das amostras analisadas no
fim de junho — era apenas 3% no início de maio.
No Brasil, desde 2024, a vacinação contra a Covid-19 foi
incorporada ao calendário nacional para gestantes, crianças e idosos. Grupos
prioritários continuam recebendo doses de reforço periódicas. Somente em 2025,
mais de 14,2 milhões de doses já foram distribuídas em todo o país.
Uma nova variante da Covid-19, chamada Stratus (XFG), tem se
espalhado rapidamente pelo Reino Unido e já se tornou dominante em poucas
semanas, segundo informações do jornal Mirror.
A Stratus substituiu a variante Nimbus, que até o mês passado era a mais comum
em vários países e era associada a sintomas como dores de garganta intensas.
Agora, duas versões da nova cepa — XFG e XFG.3 — já circulam amplamente na
Inglaterra.
De acordo com dados da UK Health Security Agency, a Stratus
se destaca por escapar da imunidade adquirida por infecções anteriores ou pela
vacinação, o que facilita a reinfecção. Ainda assim, especialistas dizem que
ela não parece causar quadros mais graves do que outras variantes recentes.
Um detalhe curioso é que a Stratus apresenta um sintoma
específico e incomum: a rouquidão. Segundo o médico Kaywaan Khan, esse pode ser
o sinal mais visível da infecção — uma voz rouca ou áspera. Em geral, os
sintomas são considerados leves a moderados.
O médico reforça que, mesmo com sintomas brandos, a variante
é altamente contagiosa. Por isso, quem testar positivo deve permanecer isolado.
Já o virologista Lawrence Young afirmou ao MailOnline que a
rápida disseminação das subvariantes XFG e XFG.3 pode estar relacionada a novas
mutações que tornam o vírus mais apto a driblar a resposta imunológica. Ele
alerta que, com a queda da imunização na população — devido à baixa adesão à
dose de reforço e à redução recente dos casos —, mais pessoas estão vulneráveis
a infecções.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classificou a
Stratus como uma variante sob monitoramento. Ela representa atualmente 22% dos
casos de Covid no mundo, à frente da Nimbus, que aparece com 17% dos
diagnósticos no Reino Unido.