r7 -09/09/2023 19:10
Subiu para 1.305 o número de mortos devido ao terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o Marrocos na
sexta-feira (8) — o balanço anterior divulgado neste sábado era de 1.037. O
número de feridos informado subiu para 1.832, dos quais 1.220 estão em estado
grave. O governo declarou luto oficial de três dias em respeito às vítimas.
As autoridades do país consideram o abalo sísmico como o
mais forte já ali registrado. O epicentro do tremor, que ocorreu às 23h11 no
horário local (19h11, no horário de Brasília), se localiza a 71 km a sudoeste
de Marrakech
Segundo o Ministério do Interior, as províncias e os
municípios do país mais atingidos pelo tremor foram Al Haouz, Marrakech,
Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant. Nas redes sociais, a população
afetada registrou momentos de pânico e destruição devido aos tremores.
O terremoto foi sentido com menos intensidade em cidades
costeiras, como Rabat e Casablanca, e até mesmo em Fez, onde está concentrada a seleção olímpica do Brasil (e
que fica a 530 km de Marrakech). O abalo afetou, ainda, províncias na região oeste
da Argélia, país vizinho do Marrocos, mas as autoridades locais negaram haver
danos ou vítimas.
Após a tragédia, o Ministério do Interior afirmou que as
autoridades mobilizaram "todos os recursos necessários para intervir e
ajudar as zonas afetadas" pelo terremoto. Governos de outros países, como
Estados Unidos e Espanha, também se ofereceram para ajudar e mandar equipes de
resgate de reforço, caso seja preciso.
APOIO INTERNACIONAL
Na manhã deste sábado (9), governos de outros países do
Mediterrâneo se manifestaram em apoio ao Marrocos. O presidente da Espanha,
Pedro Sánchez, expressou solidariedade ao país. "A Espanha está com as
vítimas desta tragédia e suas famílias", escreveu numa rede social.
Já a ministra do Exterior da França, Catherine Colonna,
manifestou, também em rede social, sua solidariedade ao povo marroquino. O
presidente Emmanuel Macron, que participa da cúpula do G20, na Índia, afirmou
que seu país está "de prontidão para ajudar" nos esforços de resgate
marroquinos.
Outros líderes mundiais se manifestaram em apoio ao país
após a tragédia. Entre eles estão o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o
presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, o presidente da Turquia, Recep Tayyip
Erdogan, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
A União Africana (organização criada para promover a
integração dos países do continente) também se pronunciou, expressando
"grande dor" diante da tragédia.
Marrocos e os terremotos
Apesar da destruição e do pânico, este não é o primeiro
terremoto que devasta o Marrocos ou um país vizinho do norte da África. Em
2004, um tremor em Al Hoceima, no nordeste do reino, deixou mais de 600 mortos
e 900 feridos.
Antes ainda, em 1980, outro abalo, de magnitude 7,3,
devastou a Argélia (país vizinho ao Marrocos), deixando 2.500 mortos e cerca de
300 mil desabrigados.