Redação -08/09/2025 22:16
Elaborado há seis meses pelo andradinense Sérgio Branco 47, o projeto ARQTATO - Arquitetura Assistiva, uma empresa de arquitetura e urbanismo com o propósito de tornar o projeto arquitetônico inclusivo para a pessoa cega, foi agraciado com o 2º lugar nacional no Programa CAU Lab, iniciativa de pré-incubação de negócios inovadores em arquitetura, promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), em parceria com a TXM Methods.
A conquista se deu após uma jornada intensa de cinco meses,
totalmente gratuita e online, que reuniu arquitetos e urbanistas em mentorias,
oficinas, capacitações e mais de 120 horas de conteúdos especializados.
O ponto alto ocorreu em Brasília, na última sexta-feira, durante
a Conferência Internacional CAU 2025, o maior evento de arquitetura do país,
quando o aguardado Pitch dos Pitches movimentou o Espaço Arena DF. Entre os mais
de 75 projetos que iniciaram a jornada, apenas nove chegaram à fase final.
Os premiados foram:
1º lugar: Pro Reforma, aplicativo que auxilia o consumidor a
transformar inspiração em projeto e orçamento de forma ágil e sem erros;
2º lugar: ARQTATO, plataforma de arquitetura tátil para
pessoas cegas;
3º lugar: Circula Plataforma, aplicativo voltado à
recuperação e reaproveitamento de componentes construtivos.
No percurso de desenvolvimento do ARQTATO, etapas
fundamentais ocorreram em São José do Rio Preto, no Instituto especializado em
atender pessoas cegas e com baixa visão. Ali, o contato direto com o cotidiano
desses cidadãos permitiu a Sérgio Branco aprofundar a compreensão sobre suas
demandas em processos de aquisição, reforma ou locação de imóveis.
Prototipagens foram testadas e validadas com entrevistas
registradas em áudio, vídeo e fotografia, todas acompanhadas de autorizações
formais para uso do material. A experiência contou com a presença e suporte da
professora de braille do Instituto e da arquiteta Maria Heloísa, coordenadora
regional do CAU-SP em São José do Rio Preto.
O reconhecimento nacional atesta não apenas a relevância da
proposta, mas também o compromisso do ARQTATO em unir inovação tecnológica,
responsabilidade social e soluções disruptivas para tornar a arquitetura mais
acessível e inclusiva.
Para alcançar tal façanha, o arquiteto andradinense contou, desde o início do programa, com apoio do coordenador da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Três Lagoas - AEMS, Heitor Gomes (equipe), e recebeu incentivos do Grupo Voti Valley – Apoio a Startups do Noroeste Paulista, da CincoElos Empreendimentos Imobiliários S.A. e do Savana Park Hotel, pioneiro no Brasil ao adotar a solução ainda em fase “piloto”
Apresentação na Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo - Brasília/DF