metropoles -13/10/2024 14:56
Com pouco mais de um mês, a primavera está
sendo marcada pela volta ainda tímida das chuvas em diversas regiões do país. A
estação vai se encerrar no dia 21 de dezembro e, até lá, variações de
temperaturas e chuvas devem marcar o período. De acordo com meteorologistas, o
fim da primavera será marcado por chuvas irregulares
no Centro-Oeste e Sudeste.
A primavera é tradicionalmente uma estação que marca a volta
das chuvas em grande parte do país. Neste ano, capitais como Brasília passaram mais de 100 dias sem
chuvas e tiveram o fim da estiagem nas primeiras semanas da estação. O
meteorologista Marcelo Seluchi explica que nos últimos dias se iníciou a
transição para estação chuvosa. “Significa que, daqui para frente, vamos ter
mais chuvas irregulares, como sempre ocorrem na estação nesse momento da
transição. Isso vai caracterizar a segunda parte da primavera”, esclarece
Seluchi.
Para o climatologista Antonio Marengo, a primavera, até o
momento, está seca e muita quente, algo atípico para o período. Ele reforça que
será preciso precipitações e a primeira frente fria para quebrar a estabilidade
atmosférica no centro do país, trazendo chuvas torrenciais para boa parte do
Brasil.
Chuvas irregulares
Seluchi prega calma e diz que é prematuro qualquer
prognóstico sobre chuvas torrenciais para o fim da primavera. Porém, nas
próximas duas, três semanas as regiões Sudeste e Centro-Oeste devem registrar
chuvas irregulares e variação de temperatura.
“E dentro desse cenário é provável. Pelo menos em algum
momento e algum ponto tenhamos chuva mais fortes. Aliás, essa está sendo uma
característica dos últimos anos e últimas décadas, uma maior frequência de
chuvas mais intensas. Isso porque o planeta está aquecendo, a atmosfera está
mais quente”, afirma Seluchi.
La Niña
Os especialistas em clima avaliam que o fenômeno La Niña
deve atuar no Brasil a partir de dezembro, porém com força reduzida e com pouca
intensidade. Marengo lembra que em 2023 era dito que o La Niña iria iniciar em
maio deste ano, algo que não aconteceu. Ele acredita que as chances são baixas
do fenômeno começar ainda este ano.
“Talvez para final do ano se confirme a La Niña, que começou
com um certo atraso e que os modelos mostram que pode ser pode ser uma La Niña
menos intensa”.
Durante o La Niña, a temperatura do Oceano Pacífico na
região tropical fica abaixo da média. Isso traz condições mais secas em algumas
áreas da América do Sul enquanto provoca chuvas mais intensas em outras partes
do mundo, como na Ásia.