metropoles -10/02/2025 12:49
Muitas pessoas recorrem às bebidas energéticas para melhorar o desempenho nos treinos, mas o que poucas sabem é que o consumo frequente e em grandes quantidades oferece riscos à saúde, como aconteceu com a texana Jazim Garza, 20 anos. A jovem sofreu uma convulsão e quatro paradas cardíacas depois de ingerir um energético como pré-treino.
O episódio ocorreu em novembro de 2024. Jazim tinha tomado
metade de uma lata de energético com cafeína minutos antes de ir para a
academia e começou a sentir tontura e vertigem quando finalizava um exercício.
Ao se sentar para tentar se equilibrar, ela perdeu a consciência e teve uma
convulsão.
“Não costumo tomar bebidas com cafeína, mas fazia tempo que não ia à academia
e queria ter um bom desempenho, então tomei um pouco do energético. Nunca tinha
consumido esse tipo de bebida antes”, contou Jazim ao Daily Mail.
Ao perceber que a namorada não respirava, Isaac Ayala
iniciou a reanimação cardiopulmonar (RCP) até a chegada dos paramédicos. No
hospital, os médicos informaram que a jovem tinha sofrido quatro paradas
cardíacas, chegando a ficar cinco minutos sem batimentos. O episódio afetou os
rins, pulmões e coração da moça, que precisou de suporte à vida.
Recuperação e incertezas
A norte-americana ficou duas semanas internada e recebeu um
desfibrilador implantável para o monitoramento cardíaco. Embora os exames não
tenham identificado a causa específica do problema, Jazim e a família acreditam
que a bebida energética pode ter sido um fator que contribui tanto para as
convulsões quanto para as paradas cardíacas, aliado a uma possível condição
cardíaca desconhecida.
“Não tenho histórico de doenças cardíacas. Os médicos ainda
não sabem por que isso aconteceu. Sempre achei que minhas palpitações eram
ansiedade”, disse.
Agora, ela garante que não pretende consumir bebidas
energéticas. “Não é comum uma pessoa de 20 anos ter uma parada cardíaca”,
conta.
Riscos
dos energéticos
Embora aumentem a disposição, os energéticos podem representar riscos à saúde, especialmente
para pessoas com problemas cardíacos. O consumo excessivo está associado à dor
de cabeça, insônia, arritmias, aumento da pressão arterial e dos batimentos
cardíacos, convulsão e até mesmo a doenças como câncer de cólon, devido aos
altos níveis de açúcar e taurina.
“Tive uma segunda chance na vida. Se estivesse sozinha,
poderia não ter sobrevivido. Os médicos disseram que foi um milagre”, concluiu
Jazim. “Graças a Deus, ela superou isso, e sei que Ele continuará dando forças
para sua recuperação”, disse Isaac.