r7 -31/07/2024 08:53
O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com
orientações para que farmácias autorizadas realizem testes rápidos de infecções
sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV, hepatites virais e sífilis.
Segundo a pasta, a medida é uma maneira de facilitar o acesso à testagem e faz
parte dos esforços para a eliminação de infecções e doenças determinadas
socialmente até 2030, atendendo a compromissos internacionais.
Globalmente, há 39,9 milhões de pessoas vivendo com HIV - no
Brasil, a estimativa é de que 1 milhão de pessoas tenham o vírus.
“A execução de testes rápidos por farmácias autorizadas é
uma das ferramentas de apoio à ampliação do acesso à testagem junto às pessoas
que, por motivos diversos, não buscam ou não têm acesso aos serviços de saúde
do SUS (rede pública) para a realização de testagens rotineiras”, disse em um
comunicado oficial o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose,
Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Draurio Barreira.
Os testes poderão ser feitos por pessoas de qualquer idade.
Crianças com menos de 12 anos, no entanto, deverão estar acompanhadas dos pais
ou responsáveis.
Quando se tratar de paciente de 12 a 18 anos desacompanhado,
caberá ao estabelecimento realizar uma avaliação das condições de discernimento
do adolescente. Se for constatado que o jovem está em condições físicas,
psíquicas e emocionais de realizar o teste e receber o resultado da triagem, a
testagem poderá ser realizada mesmo sem a presença dos responsáveis.
No documento, o ministério retoma uma decisão da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada em maio de 2023, que inclui
farmácias autorizadas no grupo de Serviços Tipo 1. Isso significa que os testes
funcionam como triagem, não como diagnóstico final.
Em caso de um resultado positivo para doenças que são de
notificação obrigatória, a vigilância epidemiológica tem de ser devidamente
informada. “A conclusão diagnóstica somente será definida após realização de
fluxograma completo em serviço de saúde autorizado”, afirmou o ministério em
nota.
Por isso, as farmácias devem estar articuladas com a rede de
diagnóstico, assistência à saúde e vigilância epidemiológica de HIV, sífilis e
hepatites B e C nos locais em que estão inseridas. Assim, a partir da triagem,
o paciente poderá ter acesso à conclusão diagnóstica e, quando necessário, ao
tratamento.