metropoles -15/10/2023 13:56
No momento em que Israel faz alertas constantes sobre ofensiva por “ar, mar e terra” contra Gaza, os Estados Unidos enviaram
novo porta-aviões para o leste do Mar Mediterrâneo. Os navios de guerra não
serão um apoio à invasão de Gaza, mas uma sinalização dos EUA para dissuadir
uma eventual escalada da guerra entre Israel e Hamas.
A preocupação é que o acirramento dos ânimos arraste outros
atores para o conflito, como o Irã. O grupo extremista Hezbollah, do Líbano, já
iniciou ataques contra Israel, e a Síria foi alvo de ação armada por parte das
forças israelenses.
No sábado (14/10), o
Aeroporto Internacional de Aleppo, na Síria, foi atacado por mísseis dos caças
israelenses. Os relatos foram emitidos pelo Observatório Sírio de Direitos
Humanos (OSDH). A força aérea do país tinha como alvo o Hezbollah. O grupo assumiu a autoria de ataques no norte de Israel.
Depois disso, o secretário de Defesa Americano, Lloyd
Austin, anunciou o reforço militar. O primeiro grupo de ataque de porta-aviões,
liderado pelo USS Gerald R. Ford, tinha chegado à costa de Israel no início
desta semana. Agora, o USS Dwight Eisenhower deixa a base de Norfolk (EUA) rumo
à costa israelense.
“Os aumentos na postura da força dos EUA sinalizam o firme
compromisso com a segurança de Israel e a nossa determinação em dissuadir ações
hostis contra Israel ou qualquer esforço direcionado a ampliar a guerra após os
ataques do Hamas”, disse Lloyd Austin em comunicado.
O novo porta-aviões tem uma esquadra com um cruzador, dois
destróieres, todos capazes de missões de bombardeio com mísseis e
interceptação, além de navios de apoio, segundo a Marinha americana.
Nove dias
A guerra entre Israel e Hamas completa
nove dias neste domingo (15/10). Até o momento, os ataques resultaram em mais
de 3 mil mortes, colocaram a população civil da Faixa de Gaza em crise
humanitária e, agora, ganham ares de conflito regional.
Na última madrugada, as Forças de Defesa de Israel (FDI)
informaram pelas redes sociais que não atacariam o norte de Gaza até as 13h
deste domingo (15/10) — 7h no horário de Brasília —, para que a população
migrasse rumo ao sul da região. O prazo terminou, e a ofensiva é aguardada a
qualquer momento.
Na última sexta-feira (13/10), as forças israelenses
determinaram que todos os civis da área deixem o norte da Faixa de Gaza, mas
adiaram o prazo-limite pela segunda vez. O Hamas fez um bloqueio nas estradas do Norte de Gaza que
impediu o civis de deixaram o local.