Daily Express -20/12/2024 10:09
Um novo estudo, citado pelo jornal Daily Express, sugere que o paracetamol pode não ser tão seguro quanto se pensava, especialmente quando usado com frequência por idosos.
Os pesquisadores analisaram os registros médicos de mais de
180 mil pessoas com mais de 65 anos que receberam pelo menos duas prescrições
de paracetamol em um período de seis meses. Em seguida, compararam o estado de
saúde dessas pessoas com o de 402 mil indivíduos que não usaram o medicamento.
O uso prolongado de paracetamol foi associado a um risco 35%
maior de hemorragia gastrointestinal baixa. Além disso, os cientistas
descobriram que o medicamento também está ligado a um risco maior de úlceras
pépticas, lesões no estômago ou duodeno que causam destruição da mucosa dessas
áreas.
Os consumidores frequentes de paracetamol apresentaram ainda
19% mais chances de desenvolver doença renal crônica, além de 9% e 7% mais
probabilidade de sofrer de insuficiência cardíaca e hipertensão arterial,
respectivamente.
Weiya Zhang, do Centro de Pesquisa Biomédica NIHR da
Universidade de Nottingham, no Reino Unido, afirmou ao Daily Express:
"Devido à sua segurança, o paracetamol foi por muito
tempo recomendado como tratamento de primeira linha para
osteoartrite, especialmente em pessoas mais velhas, que têm maior risco de
complicações com medicamentos".
Ele ainda acrescentou: "Embora mais estudos sejam
necessários para confirmar nossos resultados, dado o efeito mínimo de alívio da
dor, a utilização do paracetamol como analgésico de primeira linha para doenças
crônicas, como a osteoartrite em idosos, deve ser cuidadosamente
reconsiderada".