r7 -25/03/2024 16:29
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações
Unidas) aprovou, nesta segunda-feira (25) uma resolução exigindo um cessar-fogo
imediato da guerra na
Faixa de Gaza durante o mês do Ramadã (de 10 de março a 9 de abril), a
libertação imediata e incondicional de reféns e “a necessidade urgente de
expandir o fluxo” de ajuda para o território palestino.
Dos 15 integrantes do conselho, 14 votaram a favor da
proposta de resolução. Os Estados Unidos se abstiveram.
É a primeira vez que uma resolução desse tipo é aprovada
pelo Conselho de Segurança desde o início da guerra em Gaza, no dia 7 de
outubro do ano passado.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu no X
que a tão esperada resolução deve ser implementada. Segundo ele, o fracasso do
conselho em fazê-lo “seria imperdoável”.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, divulgou uma nota sobre a aprovação inédita, em que critica os
Estados Unidos.
"Os Estados Unidos abandonaram hoje a sua política na
ONU. Há poucos dias, apoiou uma resolução do Conselho de Segurança que
associava um apelo ao cessar-fogo à libertação de reféns", diz o
comunicado, que acrescenta ainda que "isto constitui um claro afastamento
da posição consistente dos EUA no Conselho de Segurança desde o início da
guerra".
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda
Thomas-Greenfield, afirmou que um cessar-fogo poderia ter ocorrido "há
meses", se o grupo
terrorista Hamas estivesse pronto para libertar os reféns israelenses.
Ela acusou a organização de criar obstáculos para se alcançar a paz.
"Hoje o meu pedido aos membros deste Conselho… é falem
e exijam inequivocamente que o Hamas aceite o acordo que está na mesa",
disse.