g1 -15/11/2023 23:42
A nova
onda de calor que tem atingido o Brasil também pode provocar estragos
nos celulares. O superaquecimento de aparelhos gera lentidão no funcionamento e
prejudica a vida útil da bateria, dizem especialistas.
A chance de superaquecimento costuma ser pequena, mas pode
aumentar em casos de exposição direta ao sol, como ao deixar o celular próximo
ao para-brisa do carro ou mantê-lo por muito tempo em locais como praias.
Para saber quais são os cuidados que se deve tomar, o g1 ouviu Marcos Amaral, professor de
engenharia elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Euclides Lourenço
Chuma, membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos
(IEEE), e Angelo Sebastião Zanini, coordenador do curso de Engenharia de
Computação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Veja o que eles recomendaram:
evite capinhas emborrachadas – apesar de proteger de
quedas e arranhões, elas podem concentrar ainda mais calor no celular;
não deixe o aparelho exposto diretamente ao sol;
evite usar o celular enquanto ele estiver carregando;
caso perceba o aparelho quente, feche alguns
aplicativos. Se a alta temperatura permanecer, desligue o aparelho por
alguns minutos;
não use carregador pirata – além de aquecer o aparelho,
ele pode diminuir a vida útil da bateria.
Por que o calor extremo pode afetar o celular?
Segundo os especialistas, os celulares costumam funcionar
normalmente em temperaturas de até 40ºC. Acima disso, os aparelhos podem ser
impactados de duas maneiras: no funcionamento do sistema e no desempenho da
bateria.
Sistema: é o que faz o celular funcionar. Naturalmente,
o sistema aquece os componentes do aparelho quando está em operação. Quanto
mais aplicativos em uso, maior é a temperatura;
Bateria: é formada por alguns tipos de metais, que
reagem quimicamente com o aumento excessivo da temperatura. Nesses casos, há
perda acelerada de carga e danos na vida útil, ou seja, com o tempo, ela pode
segurar energia por menos tempo.