noticias ao minuto -02/11/2024 23:34
Sabrina Gomes, uma jovem de Fortaleza, luta há dez meses
para obter um medicamento de alto custo que pode melhorar sua condição de
saúde. Com um tumor raro, chamado timoma, e Síndrome de Cushing, Sabrina sofre
com sintomas graves como dificuldades respiratórias, insuficiência renal,
hipertensão e hiperpigmentação da pele.
Cada dose do medicamento lutécio, indicado por sua equipe
médica, custa cerca de R$ 32 mil, e ela precisa de quatro aplicações para
reduzir o tumor.
Diagnosticada ainda na adolescência, Sabrina vive com um
excesso do hormônio ACTH, produzido pelo tumor, o que causa o aumento do
cortisol e resulta em várias complicações como dificuldades respiratórias,
insuficiência renal, pressão alta, distúrbios metabólicos que chegaram até
mesmo a mudar a tonalidade da sua pele.
Após tratamentos convencionais como quimioterapia e
cirurgias, a jovem viu seu estado de saúde piorar, sendo agora recomendado o
lutécio radioativo, que pode destruir as células do tumor e controlar a doença.
Em março de 2024, uma decisão judicial obrigou a Secretaria Estadual de Saúde
(Sesa) a fornecer o medicamento, mas a entrega tem enfrentado entraves
administrativos.
A Sesa alega que o lutécio não faz parte dos tratamentos do
SUS, e por isso o processo de aquisição requer dispensa de licitação, o que
atrasou a contratação. Mesmo com uma nova decisão judicial para agilizar a
compra, a situação permanece indefinida, e Sabrina tem frequentado a Secretaria
na tentativa de resolver a questão.
Enquanto isso, Sabrina enfrenta os impactos da doença, que
já afetou seus pulmões e coração. A equipe médica considera o lutécio uma
"luz no fim do túnel" e aguarda que o medicamento finalmente seja
disponibilizado para controlar a progressão do tumor e possibilitar uma
melhoria na qualidade de vida de Sabrina.