bbc -12/10/2024 12:38
A família de Andrew Comyn 'Sandy' Irvine, um jovem alpinista
britânico desaparecido no Monte Evereste há 100 anos e cujo restos
mortais teriam sido agora encontrados, manifestou-se sobre a descoberta,
confessando que já tinham "perdido a esperança de encontrar qualquer
vestígio dele".
A descoberta aconteceu no mês passado, quando uma equipe de
alpinistas, que filmava um documentário da National Geographic, se deparou com
uma bota e um pé bem preservados, que teriam sido revelados pelo derretimento
do gelo num glaciar. No interior da bota estava cosida uma etiqueta com as
palavras 'A. C. Irvine'.
Para a sobrinha-neta do alpinista, que desapareceu quando
tinha apenas 22 anos, a descoberta foi algo "simplesmente
extraordinário". "Fiquei paralisada... Todos nós tínhamos
perdido a esperança de encontrar qualquer vestígio dele", disse Julie
Summers à BBC.
Summers contou que cresceu ouvindo a avó contar histórias
sobre o seu irmão mais novo, que descrevia como "aventureiro e
educado". "A minha avó tinha uma fotografia dele ao lado da cama
até o dia em que morreu", recordou. "Ela dizia que ele era um
homem melhor do que qualquer um jamais seria".
Agora, a família forneceu uma amostra de DNA para ajudar a
confirmar que o pé é realmente de Irvine. No entanto, para Jimmy Chin, que
liderava a equipe que encontrou os restos mortais, não há dúvidas: "Quer
dizer, meu… tem uma etiqueta", disse à BBC.
Irvine e Mallory foram vistos vivos pela última vez em 8 de
junho de 1924, quando se dirigiam para o cume e o corpo de Mallory só viria a
ser encontrado em 1999 por um alpinista norte-americano.