noticias ao minuto -03/11/2024 12:47
O anúncio foi feito na noite de sábado pela Proteção Civil
da região autônoma da Comunidade Valenciana, na Espanha, que informou que as
enchentes imobilizaram um veículo próximo à entrada de uma passagem subterrânea
no município de Benetússer.
A declaração foi dada pelo presidente da Proteção Civil da
Comunidade Valenciana, Martín Pérez, diante de quase 400 voluntários reunidos
no pavilhão Moncada, conforme afirmou a prefeita de Benetússer, Amparo Orts.
O jornal Las Provincias noticiou que a mulher foi
imediatamente levada a um hospital após o resgate.
Pelo menos 211 pessoas morreram nas enchentes na Espanha,
disse no sábado o primeiro-ministro Pedro Sánchez. O número oficial de vítimas
divulgado até então era de 205 mortes, sendo 203 delas na Comunidade
Valenciana.
Segundo Sánchez, equipes das forças armadas e da segurança
do Estado já encontraram 211 corpos nos locais em que atuaram, incluindo
milhares de garagens, residências e estradas inundadas.
O primeiro-ministro, em declaração na sede do governo em
Madri, mencionou que ainda há dezenas de pessoas procurando familiares e amigos
desaparecidos, sem especificar o número.
As operações de busca e recuperação de possíveis corpos
continuarão nos próximos dias, informou ele, anunciando o envio de mais cinco
militares e cinco mil membros das forças de segurança espanholas para apoiar a
resposta a essa “situação trágica”, com “problemas e carências severas”, onde a
resposta das administrações tem sido insuficiente em Valência.
Desde sexta-feira, a equipe da Associação Portuguesa de
Busca e Salvamento está no local, relatando um “cenário devastador, bem pior do
que esperavam”.
O comandante Pedro Batista relatou por telefone que a
equipe, composta por dez agentes, três cães de busca e salvamento e três
veículos equipados com materiais de atendimento pré-hospitalar e para abertura
de acessos, foi para Valência a pedido dos bombeiros valencianos da Unidade de
Resgate em Emergências e Catástrofes e da Embaixada da Espanha.
Ele explicou que é “bastante difícil” avançar no local
devido à grande quantidade de lama.
“Muitas vezes, colocamos os pés e ficamos com lama até o
pescoço. Ficamos completamente atolados, sem conseguir andar. Em várias
situações, precisamos de ajuda até para sair do local, o que dificulta ainda
mais o nosso avanço”, relatou.