r7 -11/01/2024 00:25
O empresário
Thiago Allan Freitas, sequestrado em meio à onda de violência no
Equador, foi libertado nesta quarta-feira (10). De acordo com o
Itamaraty, as autoridades policiais equatorianas confirmaram a libertação.
"O Ministério das Relações Exteriores continua a acompanhar o caso e a
prestar a assistência ao nacional brasileiro e a seus familiares", disse a
pasta.
Mais cedo, um dos irmãos de Thiago recebeu uma ligação
da polícia informando sobre a libertação.
A onda de violência no Equador é causada pelo fortalecimento
de facções criminosas no país e a fuga de um dos líderes desses grupos.
O filho do empresário afirmou que os criminosos responsáveis
por manter o brasileiro refém haviam aumentado o valor de resgate para US$ 3
mil. Em um vídeo postado nas redes sociais, ele afirmou que a família conseguiu
enviar US$ 1,1 mil para o grupo. "Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já
enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a
vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é
US$ 1, US$ 2".
O empresário é natural da cidade de São Paulo e se mudou
para o Equador para abrir um restaurante de culinária brasileira na cidade de
Guayaquil, localizada a cerca de 420 km da capital Quito. Nas redes sociais do
estabelecimento, vídeos mostram Thiago exaltando a cultura do Brasil.
"Chega um pedacinho do Brasil para você conhecer. Venha desfrutar",
diz o homem em um dos vídeos publicados.
Nesta quarta-feira, o Itamaraty informou que brasileiros que
estão no Equador podem entrar em contato com o plantão consular pelo número +55
61 98260-0610.
O conflito
O Equador vive uma onda de violência após a fuga do chefe da
maior facção criminosa local. Líder do grupo "Los Choneros", José
Adolfo Macias desapareceu da prisão onde estava detido. Com o pseudônimo de
“Fito”, ele foi condenado em 2011 a 34 anos de prisão por vários crimes,
incluindo tráfico de drogas e homicídio.
As Forças Armadas do país realizam um pente fino na unidade
prisional para tentar controlar caos na segurança.
Em meio à crise, uma emissora de televisão do país foi
invadida por homens armados, que fizeram os funcionários reféns. Ninguém ficou
ferido. A polícia informou que retomou o controle da emissora e prendeu os
invasores.
O presidente Daniel Noboa declarou estado de conflito armado
interno, o que autoriza a intervenção do Exército e da polícia nacional no
combate a facções criminosas.