redação -03/09/2025 21:45
A solidariedade ganhou um novo capítulo em Castilho com a história de Paula Bonfim, jornalista e esteticista de 41 anos, que recentemente recebeu a notícia de sua possível compatibilidade genética com um paciente à espera de transplante de medula óssea. A informação chegou por meio do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) e, a princípio, pareceu inacreditável.
“Quando recebi a mensagem, pensei que pudesse ser um trote.
Entrei em contato com o Redome e eles confirmaram a tentativa de me localizar.
Perguntaram se eu tinha interesse em ser doadora e não pensei duas vezes em
dizer sim”, recorda Paula, emocionada.
A compatibilidade entre doador e receptor é considerada
rara, o que torna cada identificação uma verdadeira chance de vida para
pacientes com leucemia, linfoma e outras doenças hematológicas. Poucas horas
após a confirmação, Paula viajou até Barretos para realizar a coleta de DNA e
dar continuidade aos procedimentos.
Em suas palavras, o gesto tem um valor espiritual: “Fiquei
muito feliz e entendi com a vida a frase que me acompanha desde a infância: há
mais alegria em dar do que receber. A vida só faz sentido quando é entregue a
quem precisa, sem esperar nada em troca. Assim como Jesus nos ensinou”.
Seu cadastro como possível doadora havia sido feito há mais
de 15 anos, quando o Hospital de Amor de Barretos realizou uma campanha em
Castilho. Agora, inspirada por sua própria experiência, Paula deseja ampliar
esse movimento. Ela já buscou parceria com a Prefeitura de Castilho e com a ONG
Matheus Vive para promover uma nova campanha de cadastramento em conjunto com o
Hospital de Amor, incentivando mais pessoas a se tornarem doadoras voluntárias.
Com esse gesto, Paula não apenas se coloca como ponte para
salvar uma vida, mas também mobiliza a comunidade castilhense em torno de um
ato de amor que transcende fronteiras e reforça a importância da esperança
compartilhada.