agencia brasil -02/04/2024 22:33
Os cartórios de todo o país lançaram nesta terça-feira (2)
um documento eletrônico que vai permitir a oficialização da vontade dos
cidadãos que querem ser doadores de órgãos. A iniciativa foi anunciada pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil, por meio da
campanha Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém.
A partir de agora, quem desejar se tornar doador de órgãos
poderá preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) em
qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas do país. A emissão é gratuita.
As autorizações ficarão disponíveis em um sistema eletrônico
e poderão ser acessadas pelos profissionais de saúde para comprovar o desejo de
quem faleceu.
O cidadão poderá autorizar a doação dos seguintes órgãos:
coração, pulmão, rins, intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo
esquelético.
Quem se interessar pela autorização eletrônica pode acessar
o site da AEDO e
preencher um formulário eletrônico, que será enviado ao cartório selecionado no
momento do acesso. A seguir, uma data será agendada pelo cartório para a
realização de uma videoconferência, na qual o cidadão será identificado e
deverá assinar o documento eletronicamente.
Após a tramitação do pedido, o documento ficará armazenado
no Sistema Nacional de Transplantes e poderá ser acessado no momento do óbito
do doador.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou do evento de
lançamento da campanha. Para a ministra, a iniciativa vai favorecer a doação de
órgãos no Brasil. Segundo Nísia, as doações de órgãos possibilitaram 9.2 mil
transplantes no país, em 2023. O número representa aumento de 13% em relação ao
ano de 2022.
“Tenho certeza de que nós vamos contribuir muito para que o
número de doadores aumente. Muitas vidas são salvas com a nossa doação
individual. Sou uma entusiasta da doação de órgãos, da doação de sangue. O
Brasil é uma referência nesse sentido”, concluiu.