moises eustaquio -26/11/2023 10:15
Hoje, vou contar o drama vivido por um casal de Andradina.
Na verdade, vou tentar resumir porque a história da supervisora comercial Caroline
Miranda de Souza Lopes, 28 anos, e do representante de negócios Jackson Luan
Moura Lopes, 32, serviria de enredo para um documentário.
O casal mora no Residencial Ecoville e tem um filho - Lucas
Miranda Moura Lopes, de 3 meses. Completaram 9 anos de casados no dia 11
passado, após um ano de namoro, e se conheceram por intermédio de uma amiga em
comum, nesse caso “a cupido” Fernanda.
Se falaram pela primeira vez na 3ª Igreja Batista, até então
frequentada por Luan e engataram o namoro com a bênção dos pais e de Deus.
MUDANÇA PARA MS
Em 2021, Luan aceitou a oferta da empresa em que trabalha
para assumir a gestão de vendas em Campo Grande, Carol foi admitida como
supervisora comercial do mesmo grupo e o casal então se mudou para MS. A rotina
envolvia muito trabalho, estudos, momentos felizes e tristes, pela saudade dos
familiares.
No meio de uma crise conjugal moderada, em 2022 Carol foi
passear na casa dos pais, em Andradina e, pelo celular relatou a Luan não estar
bem. Rapidamente foi levada a um médico pela mãe.
“Pensei que estivesse com Covid, dengue ou até mesmo com
ansiedade agravada pelo tempo difícil que estávamos atravessando”, contou Luan.
Segundo uma médica, Carol estaria apenas com síndrome do pânico e sugeriu
buscar ajuda especializada.
Na noite de 10/6, os pais de Carol a encontraram desfalecida
e hiperventilando [o aumento da quantidade de ar que ventila os pulmões, seja
pelo aumento da frequência ou intensidade da respiração]. A jovem mal conseguia
conversar.
Imediatamente a levaram na UPA – Unidade de
Pronto-Atendimento. “Sem medir a glicemia dela, uma médica cubana sugeriu
aplicar uma injeção de vitaminas, o que agravou o caso, já que a paciente
estava acometida de diabetes tipo 1”, disse Luan.
ESTADO CRÍTICO
A situação da paciente se agravou e evoluiu para uma complicação
aguda, fazendo com que o sangue da paciente virasse ácido, causando cegueira e
a paralisação dos rins. Luan chegou a Andradina de madrugada e pela manhã
encontrou a esposa ainda na UPA, totalmente pálida, ligada a aparelhos.
Em seguida Carol foi transferida para UTI – Unidade de
Tratamento Intensivo - da Santa Casa, onde permaneceu por 14 dias e sob um
quadro nada agradável: em coma, água nos dois pulmões, risco de falência dos
rins paralisados, sem enxergar e muito inchada.
Sem previsão de quando a paciente acordaria e se seria uma
pessoa normal novamente, a médica Tamires Gavioli conseguiu estabilizar seu quadro
clínico, sem a necessidade de intubação. “Pela graça de Deus, dos 14 dias de
UTI ela ficou apenas 1 em coma”, recorda Luan.
Graças ao tratamento com pneumologista e nefrologista, Carol
recuperou a visão, a pneumonia foi contida. Após sessão de hemodiálise, os rins
começaram a responder, a paciente teve alta dia 28/6, após quatro dias no
quarto.
DEPENDÊNCIA DE DEUS
Em meio a essa turbulência, Luan – que é cristão - manteve
jejum e oração durante 25 dias, experimentando a dependência de Deus, porque a
situação fugia a seu controle e ele necessitava de um milagre divino.
“Foi uma luta de muita oração e fé. Estávamos cansados, mas
felizes. Depois disso, a pedido das famílias, voltamos para Andradina, com
ajuda especializada se confirmou a doença e a necessidade de Carol usar
insulina diariamente e por toda a vida”, afirma o marido.
GRAVIDEZ DE RISCO E DE FÉ
Apesar de recomendações médicas, por conta do alto risco e
já sem planos de ser mãe, Carol engravidou, como prova o exame feito em 5/12/22.
Lucas, no entanto, nasceu perfeito. Para Carol e Luan, seu nascimento foi um
verdadeiro milagre.
“Levamos a sério o que está escrito na Bíblia [Sem fé é impossível agradar a Deus /Hebreus 11:6] e graças a Deus nossa família está completa”. O representante concluiu a entrevista exclusiva afirmando: “O deserto que vivi nesse tempo difícil me mostrou três coisas: quem sou eu, quem são meus amigos e quem é Deus”.