A seleção feminina de futebol do Brasil nunca teve tanto investimento, apoio e visibilidade quanto atualmente. Mas, apesar de todo esse pacote, a campanha de Marta e companhia na Copa do Mundo terminou nesta quarta-feira (2) de maneira desastrosa, com eliminação na fase de grupos, após empate em 0 a 0 contra uma seleção jamaicana que precisou de vaquinha para viajar para a Austrália.

É que a Federação Jamaicana de Futebol não custeou passagem nem hospedagem das jogadoras de seu país, que tiveram de recorrer a doações virtuais, sob o risco de nem disputarem o torneio. Até a família de Bob Marley entrou na onda da vaquinha para ajudar.

Já a seleção brasileira recebeu o mesmo tratamento dispensado aos atletas do masculino, pentacampeões mundiais. Voos fretados, longa preparação na Granja Comary, melhores hotéis, premiações altas... até uma técnica estrangeira, a sueca Pia Sundhage, foi contratada para tocar o projeto. Mas o Brasil caiu na fase de grupos pela primeira vez desde a Copa do Mundo de 1995.

O último Mundial de Marta com a camisa da seleção terminou com a 3ª colocação de um grupo relativamente fácil. Quando desembarcou na Austrália, o Brasil era visto como candidato ao 1º lugar, embora a França fosse ligeira favorita. Mas a seleção perdeu para as francesas por 2 a 1, empatou com a Jamaica e só venceu o fraquíssimo Panamá por 4 a 0.

Detalhe: a Jamaica, 43ª colocada no ranking da Fifa, havia perdido recentemente por 5 a 0 para os Estados Unidos e por 3 a 0 para Espanha, Austrália e Canadá.