uol -31/05/2024 21:16
O Real Madrid, maior vencedor da Liga dos Campeões com 14
títulos, se apresenta como grande favorito na final do torneio continental
contra o Borussia Dortmund, que chega como azarão depois de deixar outros
fortes candidatos pelo caminho.
No papel, tudo leva a crer que o time merengue, campeão
espanhol nesta temporada, leva vantagem no jogo decisivo deste sábado (1º), em
Wembley, mas o Dortmund vem de eliminar o Paris Saint-Germain de Kylian Mbappé
na semifinal.
Especialista em finais
Se existe algo em que o Real Madrid é bom são as grandes
noites europeias e, sobretudo, as finais. A última derrota da equipe no
principal torneio europeu foi em 1981, contra o Liverpool, em Paris.
Depois, foram oito decisões e oito vitórias (1998, 2000,
2002, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2022). Mas apesar do peso da história, o Real
Madrid prefere não ter a pressão de se sentir favorito.
Mas apesar do peso da história, o Real Madrid prefere não
ter a pressão de se sentir favorito. "Temos pela frente uma equipe que
eliminou grandes como Atlético [de Madrid] e PSG. Vamos sofrer e lutar como em
todas as finais", afirmou o técnico Carlo Ancelotti, campeão europeu duas
vezes como jogador e quatro como treinador.
De volta 11 anos depois
Para o Borussia Dortmund, estar na final da Champions é algo
muito mais extraordinário, já que será a terceira vez na história do clube. O
único título veio em 1997, diante da Juventus. Mas em 2013, justamente em
Wembley, o time foi derrotado pelo Bayern de Munique. "Nosso objetivo é
ganhar esta Liga dos Campeões.
Para isso, temos que vencer os melhores e vamos enfrentar o
clube que é o campeão absoluto da história do futebol, especialmente nesta
competição", ressaltou o técnico Edin Terzic, que aos 41 anos comanda o
clube do qual é torcedor desde menino.
A classificação do Dortmund à final tem o paradoxo de ter
sido alcançada após a saída de astros como Erling Haaland, atualmente no
Manchester City, e Jude Bellingham, que agora defende justamente o Real Madrid.
- Despedida de Kroos
O principal contratempo para o Real Madrid no caminho até a
final foi a lesão do francês Aurélien Tchouameni, que viajou com a delegação a
Londres, mas não terá condições de jogo devido a um problema no pé esquerdo.
O goleiro ucraniano Andriy Lunin ficou em Madri devido a um
processo gripal e vai se juntar ao grupo na capital britânica no próprio sábado
pelo risco de contágio antes da partida. Mas um jogador se destaca dos demais
porque a final da Champions será seu último jogo no futebol de clubes: Toni
Kroos, que se despede do Real Madrid.
O experiente volante, que vai se aposentar depois de
disputar a Eurocopa pela seleção da Alemanha, pode levantar a ''Orelhuda' pela
sexta vez, assim como seus companheiros Luka Modric, Dani Carvajal e Nacho Fernández.
Com isso, igualariam o recorde do mítico Paco Gento.
- Desafio organizacional - No aspecto organizacional, o
desafio é evitar qualquer incidente que prejudique o evento. A Uefa teve que
lidar com imagens difíceis de digerir na final da Euro em 2021, em Wembley, com
confrontos violentos entre torcedores sem ingressos que forçaram os portões do
estádio para tentar entrar. "Aprendemos a lição e implementamos medidas
adicionais", afirmou nesta semana Chris Bryant, dirigente da Federação
Inglesa de Futebol.