folhapress -12/07/2025 19:34
Chega ao fim neste domingo (13) a primeira edição da Copa do Mundo de Clubes, versão anabolizada do velho Mundial, agora com 32 participantes e o formato consagrado na disputa de seleções. O MetLife Stadium, em East Rutherford, receberá o desfecho de uma competição que enfrentou questões climáticas e teve crescente sucesso, após um início de públicos diminutos.
Em campo, enquanto sofriam com o calor no verão dos Estados
Unidos e lidavam com interrupções nas partidas por risco de raios, Chelsea e
Paris Saint-Germain foram avançando. Trilharam caminhos bem distintos, embora
ambos com adversários brasileiros, trajetórias que parecem não deixar dúvidas
sobre o favoritismo do lado francês.
O PSG chegou à América do Norte já com quatro títulos no
ciclo 2024/25: Supercopa da França, Campeonato Francês, Copa da França e Liga
dos Campeões. O troféu europeu foi levantado com um massacre de 5 a 0 sobre a
Inter de Milão, e a equipe dirigida por Luis Enrique manteve o ritmo na Copa de
Clubes -com um sobressalto, é verdade.
A campanha na América do Norte teve início com uma vitória
por 4 a 0 sobre o Atlético de Madrid, seguida de um chamativo tropeço, uma
derrota por 1 a 0 para o Botafogo. Três semanas depois, o time brasileiro está
em crise, com novo técnico, enquanto Luis Enrique tenta dar o passo derradeiro
de uma temporada avassaladora.
"É um objetivo que temos desde o início, mas é difícil
conseguir", afirmou o treinador, referindo-se à possibilidade de erguer a
quinta taça da temporada, na nova e multibilionária competição da Fifa
(Federação Internacional de Futebol). "Vamos dar tudo na final, porque
será difícil que algum clube possa repetir tudo isso no futuro",
acrescentou o meio-campista Vitinha.
Passado o revés diante do Botafogo -com vários habituais
reservas escalados como titulares, note-se-, o Paris Saint-Germain retomou a
forma que vinha exibindo. No mata-mata, teve uma goleada protocolar sobre o
frágil Inter Miami, superou o forte Bayern e destruiu o Real Madrid, com um 4 a
0 que pareceu pouco.
Do outro lado, o Chelsea passou por um pequeno Campeonato
Brasileiro. Na primeira fase, perdeu por 3 a 1 para o Flamengo, o que acabou
deixando-o na segunda posição do Grupo D. Dessa maneira, foi para a metade do
chaveamento no qual estavam o Palmeiras, superado por 2 a 1, e o Fluminense,
derrotado por 2 a 0.
A vaga na decisão foi obtida com dois bonitos gols de João
Pedro, que castigou o clube no qual nasceu para o futebol. O brasileiro de 23
anos foi contratado há pouco mais de uma semana, em uma janela de transferências
especial autorizada pela Fifa para os participantes do Mundial, e já pode ter
seu nome marcado na história do clube londrino.
"Acho que foi um início dos sonhos, não poderia ser
melhor. Dois gols. Agora, é ter toda a concentração na final. Vai ser a minha
primeira chance de um título como profissional", afirmou o atacante, que
só foi escalado contra o Fluminense por causa da suspensão do centroavante
titular, Liam Delap.
É provável que o paulista tenha tomado a posição, mas Delap
está novamente à disposição do técnico Enzo Maresca, assim como o zagueiro Levi
Colwill, outro que cumpriu suspensão nas semifinais. Já o lateral direito Reece
James e o volante Moisés Caicedo lutam contra problemas físicos na tentativa de
ser escalados.
Luis Enrique, por sua vez, tem quase todo o time
habitualmente titular do PSG à disposição, exceção feita ao zagueiro Willian
Pacho -suspenso até o fim da competição por causa de sua expulsão nas quartas
de final, mesma situação do reserva Lucas Hernández. O brasileiro Beraldo deve
novamente ficar com a vaga de Pacho.
Até nas condições físicas a formação francesa parece estar
em condição de superioridade, diante de um adversário que tem demonstrado
cansaço no segundo tempo, com reclamações de seu treinador sobre a maratona.
Mas resta um esforço final para os comandados de Maresca buscarem seu segundo
título na temporada.
Quarto colocado do Campeonato Inglês, o Chelsea conquistou a
Conference League, espécie de Champions League Série C, hierarquicamente
inferior à Liga dos Campeões e à Liga Europa. Agora, tem a oportunidade de
derrubar o vencedor do principal torneio europeu e ficar marcado como o dono da
primeira edição da Copa do Mundo de Clubes.