Presidente da Câmara de Valparaíso é acusado de improbidade e quebra de decoro

o foco net -05/10/2021 22:40

A Câmara Municipal de Valparaíso recebeu nesta última segunda-feira (4), pedido de representação contra o vereador e presidente Bruno Araújo (DEM) e simultaneamente a cassação dele ao final do processo, segundo protocolo de autoria do 1º suplente, Paulo Sérgio Ferreira – Serjão Cabelereiro (DEM).

Segundo a denúncia, Bruno Araújo utilizou verbas públicas em viagens a São Paulo entre os dias 18 e 24 de agosto, e arcou com despesas de uma pessoa que seria sua atual companheira, que não faz parte do corpo do legislativo, caracterizando ato de improbidade administrativa.

Outro fato que pesa contra o presidente da Câmara e anexado na denúncia é o Boletim de Ocorrência 856/21, confeccionado em 15 de setembro pela ex-companheira do vereador por acusação de violência doméstica.


Segundo o B.O., a então companheira teria sido agarrada pelo pescoço e teve a blusa rasgada. A briga foi motivada por uma relação extraconjugal descoberta pela mulher, que teria pedido para Bruno Araújo deixar a residência do casal. Furioso, além da investida contra a vítima o vereador quebrou duas portas do imóvel.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, são necessários 4 votos (1/3 dos vereadores) para abrir a Comissão de Inquérito, sendo obrigada colocar em votação na mesma sessão em que fora apresentado e apreciada em única votação.

Informações obtidas relatam que houve reunião entre parlamentares e jurídico do legislativo na data do recebimento da denúncia e que 5 dos 11 vereadores estariam teoricamente dispostos a votar a favor da abertura de processo investigativo contra o presidente da Câmara Municipal.

A reportagem tentou contato com Bruno Araújo por aplicativo de celular nesta terça-feira, a fim de que ele pudesse se manifesta, mas até a postagem desta matéria não obteve resposta. Em consulta ao site da Câmara Municipal não constava na pauta o pedido de investigação contra o presidente na sessão desta terça-feira (5).

Caso sejam constatados os fatos apontados na denúncia, ao término das investigações o relatório poderá opinar pela cassação do mandato do atual presidente ou pugnar pela absolvição se não forem comprovados os fatos denunciados.