nororeste rural/fotos moises eustaquio e portal castilho -05/10/2021 19:00
O prefeito de Castilho, Paulinho Boaventura, disse
que pretende apoiar ações da sociedade civil organizada para que seja tomada
uma providência mais eficiente no combate aos incêndios anuais na Ilha
Comprida. Ela fica no Rio Parará, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso
do Sul. No Mato Grosso do Sul estaria a inclusão geográfica da ilha.
Ela deveria ser uma reserva ambiental da CESP, em
pagamento a destruições causadas pelas barragens. É bem extensa com centenas de
hectares antigamente habitados e cultivados.
A CESP
Companhia Energética de São Paulo, que em parceria
com a Votorantim divide responsabilidades ambientais sobre o lago da usina de
Porto Primavera, desabitou a ilha há mais de duas décadas, mas também não
providenciou mais nada. Nem seguranças.
O prefeito Boaventura acha que ao invés da
destruição pelo incêndio, que acaba com o trabalho de reflorestamento que a
própria CESP paga para ser feito na ilha, a sociedade e as autoridades
judiciais e ambientais precisam ver a importância do local sob o ponto de vista
de preservação, mas também de exploração turística.
“Quando a ilha era habitada, havia mais verde e
menos destruição. Hoje nem estradas temos em seu interior, para acesso das
brigadas contra incêndios”, disse o prefeito Paulinho.
Atualmente não existe qualquer fiscalização ou monitoramento da ilha. Ela vem se transformando em deserto porque todo ano morrem árvores jovens e animais que não sabem nadar nem voar. Boa parte fica carbonizada e as imagens estouros de clicks nas redes sociais. Nada mais.
O prefeito Paulinho disse ter conhecimento de uma
ONG ambiental em Três Lagoas, que vem se dedicando a uma alternativa de
preservação da ilha.
“Precisamos unir forças com o estado vizinho porque
a ilha comprida não tem jurisdição moral que limita a defesa de um bem do
Brasil e da humanidade”, disse Boaventura que cobra de todos os cidadãos “mais
empenho em cuidar do que é de todos nós”.