moises eustaquio -14/06/2019 09:31
Militantes da Frente Nacional de Luta [FNL] ocuparam,
na manhã desta sexta-feira 14, as instalações da Estação de Hidrobiologia e Aquicultura
da CESP – Companha Energética de São Paulo, à jusante da Usina de Jupiá, no
município de Castilho.
“Efetuamos a ocupação porque a área pertence ao Estado
e à União e não vem cumprindo com nenhuma função social. Nosso objetivo é reivindicar
o espaço para assentar famílias. Estamos fazendo a nossa parte na Jornada
Nacional da Greve Geral”, informa um dos integrantes do grupo por celular.
Segundo ele, a intenção é assentar pequenas famílias
para produção de hortifrúti para sobrevivência e comércio em Castilho e
municípios vizinhos. Informou ainda que o líder da sigla, José Rainha, reforçará
o movimento a partir das 14h.
Ano
passado, a prefeita Fátima Nascimento e vereadores conseguiram suspender o edital
de venda do local publicado pela CESP em Diário Oficial. Por
coincidência, um grupo de vereadores já estava em São Paulo quando soube do
anúncio, se juntou à prefeita Fátima Nascimento e juntos reverteram a situação.
Com apoio do deputado Gilmar Gimenes, o grupo conseguiu uma audiência de
última hora com o chefe de gabinete
do Secretário Estadual de Minas e Energia, Marco Antônio Castello Branco. Na
ocasião o deputado foi representado pelo seu assessor parlamentar dr. Milton de
Moraes Terra.
A visita surtiu efeito e a caravana castilhense conseguiu convencer o secretário de Estado a retirar o edital de venda da Piscicultura. Com a suspenção do Edital de venda, o secretário de Minas e Energia aguardaria uma proposta do município para avaliar a viabilidade do projeto que será apresentado pelo Executivo castilhense.
A ESTAÇÃO
A Estação de Aquicultura, que funcionava ao lado do Reassentamento Jupiá, foi desativada desde que a Usina Hidrelétrica foi vendida para a empresa chinesa CTG. A partir daí, Castilho vem reivindicando a doação da área para o município. O local tem uma área de 26,41 ha.
Com 983,48 m2 de edificações e 154 tanques de aquicultura, totalizando 28.700 m2 de espelho de água, chegou a produzir anualmente cerca de 3.200.000 alevinos de oito espécies de piracema da bacia hidrográfica do Alto Paraná.