Na manhã desta sexta-feira, 15, Castilho deu um passo decisivo na luta contra a leishmaniose ao lançar oficialmente o Programa Municipal de Encoleiramento de Cães. A iniciativa, inédita no município, tem como meta frear o avanço da doença que, nos últimos dois anos, registrou números alarmantes, inclusive com perdas de vidas humanas.

O lançamento contou com a presença do prefeito Paulo Duarte Boaventura, do presidente da Câmara João Paulo Araújo, e do secretário municipal de Saúde Demilson Cordeiro, além de renomados pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz – a dra. Helena Hilomi Taniguchi e o médico-veterinário dr. José Eduardo de Raeffray Barbosa. A dra. Vera Camargo, da Coordenadoria Estadual de Controle de Doenças, participou de forma remota, reforçando a relevância da ação para a saúde pública.

De acordo com o prefeito, a administração municipal tem dado total respaldo às equipes de saúde na adoção de medidas preventivas. O secretário Demilson Cordeiro alertou que a população canina de Castilho gira em torno de 4 mil animais, e que pelo menos metade pode estar infectada. Os dados são preocupantes: nos últimos dois anos, a cidade registrou 8 casos em humanos, resultando em dois óbitos.

“As coleiras representam uma barreira eficaz contra o vetor transmissor e serão distribuídas gratuitamente, com aplicação feita por equipes de controle de vetores, casa a casa, em toda a área urbana. Em dois meses, pretendemos alcançar 100% da população canina”, destacou Cordeiro.

Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde, Maria Edilene, o programa terá duração de dois anos, com substituição das coleiras a cada seis meses. A recomendação é que os acessórios não sejam retirados, exceto em casos de alergia nos animais.

Com essa estratégia, Castilho reforça seu compromisso com a proteção da saúde humana e animal, tornando-se referência regional no enfrentamento da leishmaniose e evidenciando a importância de políticas públicas voltadas à prevenção e ao cuidado coletivo.