Ambientalista de Três Lagoas afirma que Lagoa Maior está morrendo

hoje mais c/ informações de Aurora Villalba -25/08/2016 11:44

A Lagoa Maior, cartão postal de Três Lagoas “está na UTI”, segundo o ambientalista Manoel Pimenta, ele faz parte da secretaria de meio ambiente há oito meses, e afirma que o local já sofreu muita agressão, e se não for realizada uma intervenção que valorize a vegetação o quanto antes, a lagoa terá um fim rápido.

“No final do ano passado falei que a lagoa estava vivendo provavelmente um dos melhores momentos dela, mas depois da minha gestão como ambientalista, senti que a lagoa está morrendo”.

TRISTEZA

Pimenta conta que está triste por que apresentou algumas propostas para melhorar o local, onde, segundo ele, foram cometidos inclusive, crimes ambientais, mas não houve muita aceitação e nem grandes progressos. Ele deu a ideia de instalar uma draga flutuante, para retirar o material de assoreamento, sugeriu amarrar a ilha.

Para ele, as sugestões iriam permitir corrigir e melhorar em ao menos alguns aspectos os problemas de agressão ao meio ambiente, mas conta que ficou amarrado pela secretaria e pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que não concordaram.

“A lagoa perdeu praticamente toda sua vegetação, 30 espécies de planta foram extintas, as aves e peixes diminuíram também”, para o ambientalista permitir que o jacaré, predador, que come todos os outros animais, sem nenhum que coma ele, permanecer no local, crescendo em número, e provocando riscos para a população.

“O equilíbrio de natureza está totalmente quebrado. Tem que parar de pensar em enfeitar e cuidar realmente da lagoa, pensar na sua sustentabilidade”, afirmou.

EM SEGUNDO PLANO

Para voltar em um aspecto próximo do natural, Pimenta afirma que será muito difícil, por que será necessário realizar um trabalho sério.

“A gente vê muita coisa sendo feita, mas as solicitações que vão realmente beneficiar a lagoa ficam de lado. Está tramitando um projeto de um estacionamento que será construído dentro da lagoa, na parte gramada, próximo ao ginásio. Sou contra. A obra não influencia nos 30 metros exigidos, mas será mais um espaço verde que deixará de existir na unidade de conservação”, concluiu Pimenta.