noticias ao minuto -12/02/2025 13:01
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, enviou um recado
direto ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (12),
afirmando que qualquer ataque contra um país-membro da aliança militar ocidental
terá uma resposta severa.
"Se Putin atacar a OTAN, a reação será devastadora. Ele
perderá", declarou Rutte durante a reunião do Grupo de Contato de Defesa
da Ucrânia, realizada na sede da aliança, em Bruxelas.
A declaração ocorre em meio a relatórios de inteligência que
sugerem a possibilidade de uma expansão do conflito russo para além da Ucrânia.
Na terça-feira (11), a agência de inteligência militar da Dinamarca (DDIS)
divulgou um documento alertando que a Rússia pode iniciar uma "guerra de
grande escala" dentro dos próximos cinco anos.
O relatório dinamarquês destaca que Moscou poderá considerar
um ataque militar contra um ou mais países europeus caso avalie que a OTAN está
enfraquecida militarmente ou politicamente dividida.
Contexto do conflito e anexações russas
A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em 24 de fevereiro
de 2022, quando tropas russas invadiram o território ucraniano sob a
justificativa de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desde então, Moscou anexou quatro regiões ucranianas:
Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia, além da Crimeia, ocupada desde 2014.
Kiev exige a retirada das tropas russas de todas essas áreas como condição para
qualquer negociação de paz.
A escalada das tensões e as declarações de líderes ocidentais
indicam que a possibilidade de um conflito direto entre Rússia e OTAN, embora
improvável no curto prazo, não está descartada.