cnn -26/04/2025 20:57
A defesa de Fernando Collor pediu novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja concedida prisão domiciliar ao ex-presidente. Os advogados alegam que Collor sofre com doença de Parkinson, Apneia do Sono Grave e Transtorno Bipolar.
Na sexta-feira (25), após o primeiro pedido de prisão
domiciliar da defesa, Collor contradisse seus advogados durante audiência de
custódia e declarou não possuir doenças ou fazer uso contínuo de
remédios.
Diante disso, a defesa anexou um atestado médico ao processo
para comprovar as comorbidades e fez um novo pedido.
“Ao contrário do que vem sendo noticiado na imprensa nas
últimas horas, o peticionante comprova, a partir de Relatório Médico elaborado
por expert que o acompanha há anos – e quem, de fato, possui
capacidade técnica para atestar referida situação fática –, que está acometido
e em tratamento de comorbidades graves de ‘Doença de Parkinson, Apneia do sono
grave e Transtorno Afetivo Bipolar’. Tal fato, aliado à idade avançada de 75
(setenta e cinco) anos, impõe a concessão de prisão domiciliar”, diz o
pedido.
O relatório médico atesta que Collor precisa de “uso diário
de medicações” e “visitas médicas especializadas periódicas”.
Diz ainda que, apesar de bem controlada, a doença de
Parkinson do ex-presidente é “progressiva” e “pode se agravar sem o uso
adequado da medicação prescrita”.
Alexandre
de Moraes, do STF, determinou na quinta-feira (24) a prisão de Fernando
Collor. O ministro rejeitou o segundo recurso da defesa do ex-presidente,
que foi condenado — em maio de 2023 — a oito anos e dez meses de prisão por
participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora, atual Vibra.
Ele foi preso na madrugada de sexta-feira (25) em Maceió,
onde já iniciou o cumprimento de pena em sala
especial do presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira.