O ex-condenado Mauro Sérgio Ferreira de Lima, o Cabrobó, 44 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira 15 e confessou o assassinato do ex-zelador Delcides Martins, o Cid, 65 anos, morto com uma facada no pescoço na última quarta-feira 10.

O crime ocorreu sob o viaduto da Rua José Augusto de Carvalho, ao lado da Rua Riachuelo, onde moradores de rua se juntam para ingerir bebida alcoólica. Na oportunidade, um casal de sem-teto foi preso suspeito do crime.

Maristela Luciano de Brito, 48, uma das acusadas, em entrevista ao Impacto antes de ser levada à delegacia para o registro do caso, negou envolvimento no homicídio. Ela e o outro morador devem ser liberados ainda hoje.

O delegado Tadeu Coelho, do 1º DP, disse que chegou ao assassino após investigar o caso e ouvir mais testemunhas, já que os acusados foram presos com base no depoimento de apenas uma pessoa. “Era preciso ouvir mais testemunhas para se chegar a uma conclusão mais plausível”, considerou ele.

Segundo o delegado, o fato de a mesma pessoa apresentar os fatos à polícia, indicar o local da arma usada no crime e estar na cena de outo delito [uma tentativa de assassinato sábado à noite] levantou suspeitas. E após ouvir alguns moradores de rua Tadeu e o investigador André chegaram ao culpado pouco depois do meio dia desta segunda-feira.

Cabrobó foi detido na praça central da cidade, ao lado de um colega e confessou o assassinato de Cid, seu conhecido e colega de bebedeira. “Estávamos todos embriagados, houve um entrevero por causa de uma mulher e acabei tirando a vida dele”, relatou, alegando estar arrependido. “Se tivesse sóbrio nem lá no grupo estaria”, disse.

TRAVESTI ESFAQUEADO

Além disso, Cabrobó assumiu ter esfaqueado um travesti, na madrugada de domingo 14, na Rua Alexandre Salomão, imediações do terminal rodoviário. Ele disse ao Impacto que foi cobrar R$ 100,00 emprestados ao travesti V.H.B.C. 19, que reagiu tentando lhe agredir e ele o feriu. Ensanguentada, a vítima foi socorrida à UPA e indicou o criminoso a um vigia.

FICHA POLICIAL

Natural de Patu [RN], e no Estado desde 1991, Cabrobó já cumpriu anos de pena por homicídio, assalto e posse ilegal de arma de fogo em Carapicuíba/São Paulo e cidades do interior, inclusive em Andradina.

Deixou a prisão pela última vez em 2015 e por um tempo trabalhou como retireiro num sítio do Assentamento Belo Monte. Nesse período teve uma filha, hoje com 2 anos, mas se separou da companheira. Por último passou a morar na rua. Seus locais preferidos eram o terminal rodoviário e o centro cultural.