folhapress -15/04/2025 23:33
O Exército de Israel anunciou, nesta terça-feira (15), que matou um dirigente do grupo extremista Hezbollah, durante um bombardeio próximo à cidade de Aitaroun, no sul do Líbano.
Dirigente foi morto em um ataque aéreo de drones comandado
pelos militares israelenses. "O Exército de Israel eliminou um comandante
pertence à divisão de operações especiais do Hezbollah", disse o estado
judeu em comunicado.
Israel não informou o nome do dirigente morto. Entretanto, o
alvo eliminado seria Ali Najib Baydoun, reportou a imprensa libanesa de acordo
com o jornal The Times of Israel.
Ministério da Saúde do Líbano reportou que uma pessoa foi
morta no ataque israelense. O órgão também informou que outras três pessoas
ficaram feridas, inclusive uma criança de idade não revelada.
A cidade de Aitoraun está localizada a menos de três
quilômetros na fronteira entre Israel e o Líbano.
CESSAR-FOGO
Em novembro do ano passado, Israel acordou um cessar-fogo
com o Hezbollah. No entanto, desde que a trégua entrou em vigor, o exército
israelense matou 71 civis, incluindo 14 mulheres e nove crianças, em ataques ao
território libanês, informou nesta terça o Escritório do Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Direitos Humanos.
ONU também destacou que os bombardeios israelenses atingiram
infraestruturas civis, como prédios residenciais e centros médicos. "A
violência deve parar imediatamente", pediu o porta-voz da ONU, Thameen Al
Kheetan, que defendeu uma investigação sobre as mortes dos civis.
Ataques representam um risco para a região, alertou Kheetan.
"O cessar-fogo precisa ser mantido e qualquer escalada é um risco para a
estabilidade em geral no Líbano, em Israel e em toda a região".
Israel acusa o Hezbollah de manter uma estrutura militar no
sul do Líbano, próximo à sua fronteira. No mês passado, o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou ataques ao território libanês sob a
justificativa de "agir com força contra dezenas de alvos terroristas"
do Hezbollah.
Israel e Hezbollah são inimigos históricos. O conflito mais
recente entre o país judeu e o grupo extremista teve início em 2023, quando o
Hezbollah saiu em apoio ao Hamas em meio à guerra em Gaza.