Da Redação -08/08/2018 15:01
O analfabetismo, a evasão
e a repetência permanecem como os maiores problemas do ensino no Brasil. Apesar
de diminuir cerca de 6% a cada década, o índice de analfabetismo ainda atinge
grande parcela da população com mais de 14 anos. Menos de 40% das crianças
terminam o 1º grau e, para isso, repetem em média quatro vezes, levando 12 anos
para chegar à 8ª série.
Nesse contexto, além dos
alunos, os professores também ficam prejudicados. Os salários, por exemplo, não
são o que todos sonham. Estão achatados e isso é geral no País. Para melhorar,
é preciso investir muito ainda na educação e desenvolver novos projetos. Faltam
docentes em várias disciplinas e os jovens não têm interesse em seguir a
profissão, que paga baixos salários e é uma das menos valorizadas pela
sociedade. Essa é uma das carreiras menos procuradas pelos jovens brasileiros. Não
há planos de carreira, há instabilidade no emprego devido ao alto percentual de
contratações temporárias e também a falta de respeito em sala de aula são
alguns dos motivos para a profissão ser uma das menos valorizadas no país.
Felizmente, há, na
sociedade civil, quem lute contra esse estado deplorável da Educação
brasileira. É o caso da professora Estela Goda, uma paulista de Lucélia mas
que, desde 1975, tornou-se andradinense de coração. Com ampla formação
universitária e forte espírito de combate, Estela vem lutando não só por
melhores condições profissionais para os professores, mas principalmente pelos
direitos de toda uma categoria, que é a dos servidores municipais de Andradina.
Ingressou no sindicalismo e hoje preside o Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Andradina.
Lutou pela
municipalização do ensino, pela formação do Conselho Municipal de Educação e
pelo Conselho Gestor de Educação, pela elaboração do Plano de Carreira da
Educação. Estela Goda assumiu de corpo e alma o compromisso de lutar pela
Educação. Que seu exemplo se multiplique.
Que a luta de Estela Goda
consiga que a profissão de professor em nosso País passe por um processo de
valorização. Que se institua um plano de carreira nacional que estimule o
aperfeiçoamento dos profissionais e valorize seu tempo de trabalho e também o
serviço realizado na escola. Mas, sobretudo que haja salário adequado e justo
para essa tão combalida profissão.
Parabéns, Estela Goda,
por todo seu compromisso, por toda sua luta e dedicação.
Ademar
Gomes