Ilha: Com apoio da base do Governo, Valdeci vence eleição e comandará Câmara em 2019

ilha de noticias -11/12/2018 23:06

Com a vitória, Valdeci passa a ser o primeiro vereador, em primeiro mandato, a comandar a Câmara duas vezes. Ele também presidiu o legislativo durante três meses, no início de 2017, quando Emanuel Zinezi (DEM), eleito presidente, assumiu o Governo da cidade interinamente.

A vitória sacramentou o racha na oposição que, mesmo maioria, não conseguiu manter o controle do legislativo. Mesmo ainda, em tese, ainda integrando o grupo, Valdeci venceu com o compromisso de, no final de 2019, votar em um candidato da base do Governo para comandar a Câmara em 2020. Além disso, o vereador foi contra uma orientação do eu partido, que pediu voto na chapa de oposição.

A oposição tentou, até o último momento, convencer Valdeci a votar no grupo. Dalmi Guedes, momentos antes da votação, pediu o apoio do parlamentar, oferecendo para ele a presidência da Câmara em 2020. Mas não adiantou. Valdeci manteve o compromisso assumido com a base do Governo e votou nele próprio para a presidência, vencendo a eleição.


Eleição

A eleição aconteceu sob reflexo da votação do início de 2017, quando o vereador Antônio Carlos da Silva (PT), o Toninho, decidiu não apoiar o então candidato Rodrigo Batista Gonçalves, o Kokim (PPS), votando nele mesmo para a presidência. Com isso, o comando da Câmara acabou ficando com o vereador Emanuel Zinezi, com o impedimento, à época, de Edson Gomes (PP) e Otávio Gomes (DEM) assumirem a Prefeitura, governou a cidade interinamente por cerca de três meses. Esse movimento de Toninho foi tachado por aliados como uma traição, já que a oposição perdeu a oportunidade de governar a cidade, mesmo que por um curto período.

Apesar desse racha, o grupo voltou a se unir e, no final de 2017, conseguiu garantir o comando da Câmara em 2018. E tudo caminhava para que a oposição voltasse a conquistar a presidência. Com o apoio dos cinco integrantes, Toninho foi inicialmente escolhido como candidato. Mas, dias depois do acordo fechado, Valdeci, lembrando o que ocorreu no início de 2017, disse que não votaria no petista.

Ao invés de buscar outro nome de consenso no grupo, Valdeci fechou um acordo com a base do Governo na Câmara (ele afirma que foi procurado pelos governistas). Esse acordo seria apenas para a eleição da mesa diretora. Ou seja, Valdeci receberia o apoio do grupo este ano e, para 2020, votaria em alguém da base do Governo para comandar a casa.

Na tentativa de evitar esse acordo, Toninho retirou a candidatura e a oposição lançou o nome do vereador Dalmi Guedes Jr.. Houve reuniões com Valdeci, mas ele não retirou sua candidatura.


Convicções

Valdeci Ferreira Lima disse que não se vendeu e que suas convicções, mesmo com o acordo com a base do Governo, não mudam. “Não sou o problema. E não fiz acordo em troca de dinheiro. Não me foi oferecido um centavo para que eu fizesse um compromisso com a situação. Não procurei nenhum dos quatro vereadores (da base do Governo). Foram eles que me procuraram”, afirmou Lima.

Valdeci afirma que o acordo é apenas para a eleição da mesa diretora. “Fora isso, não tem compromisso nenhum. Não me vendi. Nenhum dos vereadores ofereceu um centavo. E se oferecessem, não haveria a possibilidade de aceitar. Nenhuma! O compromisso é com a eleição da mesa”, disse Lima.

O vereador afirma que, mesmo com o acordo, os seus comportamento e posicionamento na Câmara continuarão o mesmo. “Não abrirei mão das minhas convicções, dos meus posicionamentos. Jamais. Se alguém pensou que, me elegendo, facilitaria algo, comigo não existe isso”, afirmou Lima.