g1 -17/01/2019 19:37
Um
carro explodiu nesta quinta-feira (17) em uma escola da polícia em Bogotá,
capital da Colômbia.
O Ministério da Defesa, citado pelos meios locais, afirmou que ao menos 10
pessoas morreram e 54 ficaram feridas na Academia de Polícia General Santander.
O presidente Iván Duque classificou o incidente como "ato
terrorista".
À
tarde, o governo colombiano confirmou que o autor do atentado se chama José
Aldemar Rojas Rodríguez, de 56 anos. Ele não tinha antecedentes, e as
autoridades ainda apuram os motivos do ataque (leia mais no fim da reportagem).
O
jornal "El Tiempo" diz que as primeiras versões sobre o caso indicam
que Rojas chegou dirigindo um veículo utilitário até a porta da escola. Na
entrada, um cão farejador detectou o perigo e, quando os agentes tentaram
impedir o carro, ele acelerou e atropelou um dos vigias.
Em
seguida, avançou em alta velocidade por pouco mais de 200 metros e explodiu
quando passou perto do alojamento das mulheres na escola. Uma fonte policial
disse ao jornal que o motorista está entre os mortos.
Pouco
antes de o carro explodir, o local recebia uma cerimônia de promoção de cadetes.
Imagens postadas nas redes sociais mostram restos de um carro calcinado.
Pelo
Twitter, Duque afirmou que vai ao local e que pediu que os autores do ataque
sejam levados à Justiça. "Estou voltando imediatamente a Bogotá com a
Cúpula Militar, diante do miserável ato terrorista cometido na Escola General
Santander contra nossos policiais", postou.
"Vamos
ao lugar dos fatos. Dei ordens para a Força Pública para determinar os autores
desse ataque e levá-los à Justiça. Todos os colombianos rejeitamos o terrorismo
e estamos unidos para enfrentá-lo. A Colômbia está entristecida, mas não se
curva com a violência", escreveu em outro tuíte.
O autor do atentado
José
Aldemar Rojas Rodríguez nasceu em 13 de maio de 1962 em Puerto Boyacá. A região
fica próxima à fronteira com a Venezuela, e, segundo o "El Tiempo", a
presença do Exército de Libertação Nacional (ELN) é muito forte por lá.
Ainda
de acordo com o jornal colombiano, Rojas comprou o veículo em maio do ano
passado. Ele não tinha antecedentes criminais.
Ainda
não está claro o motivo que levou Rojas a cometer o atentado. A investigação,
segundo o "El Tiempo", parte de três hipóteses para a coordenação do
ataque:
·
Milícias do ELN, responsáveis por
outros ataques em 2017;
·
O "clã Úsuga", uma milícia
paramilitar ligada ao narcotráfico no país;
·
Dissidentes das Farc, antigo grupo
paramilitar que se converteu em partido político.