Membro de CP reforça que denúncia contra prefeito Roni é meramente política

Da Redação -22/02/2018 17:12

A Câmara de Vereadores em Valparaiso se reúne extraordinariamente nesta sexta-feira, 23, a partir das 13h, para votar o relatório final da Comissão Processante criada para apurar denúncia contra o prefeito Roni Ferrareze, do PV, acusado de fazer parte de um esquema para, supostamente, fraudar licitações.

A denúncia foi feita ano passado pelo ex-secretário de Indústria e Comércio, e também de Administração, Edson Jardim Rosa, o Edinho, que segundo bastidores da política local teria se aliado a opositores para enfraquecer a administração.

Membro da comissão, o vereador José Carlos Pereira discorda do relatório final e declara improcedentes as acusações formuladas pelo denunciante.

 

“Em nenhum motivo vislumbrei indícios da prática de ato ilícito do prefeito, uma vez que através das gravações apresentadas pelo denunciante não foi possível perceber a intenção de efetivamente concretizar qualquer conduta, que, em tese, teria afirmado realizar o denunciado e as pessoas com quem manteve conversas”.

 

“Pelas oitivas das testemunhas arroladas, percebeu-se que a real intenção do denunciante é meramente política, pois apenas visa desestabilizar a administração do atual prefeito e isso foi comprovado quando das indagações realizadas pela Comissão acerca de existência de supostos desentendimentos ocorridos entre Edson Rosa e Roni”, declara o vereador em parecer à parte.

  

Na avaliação de José Carlos a denúncia é meramente para prejudicar o prefeito, fato lamentável e que não pode ser utilizado como fundamento para desencadear um processo por crime de responsabilidade, tamanha é a repercussão social e política alcançada com falsas histórias.

 

José Carlos votou contra o pedido de cassação do prefeito, mas foi vencido pelos colegas Gugu Euripedes Alvarez e Xandy. Entretanto, ele acredita que o plenário da Casa será maduro o suficiente para manter a imparcialidade; não cometer injustiças que afrontam a democracia; coloque em risco a integridade moral do legislativo; e, acima de tudo, contrarie e ética e coloque em dúvida a verdade dos fatos.

 

Na sessão dessa sexta-feira, os vereadores decidirão se acatam ou não o relatório final da CP. Para isso serão necessários 8 dos 11 votos. Em caso de derrota, o prefeito Roni deverá recorrer à Justiça para retornar o cargo através de liminar.

 

Em julho passado, Roni enfrentou o primeiro pedido de afastamento protocolado por Marcos Rogério da Silva, sobrinho do vice-prefeito Lúcio Santos Lima e primo do vereador Kleber Lúcio de Lima. O legislativo não acatou.